quinta-feira, maio 25, 2017

NOTAS DE LEITURA EM REVISTA DE BORDO 24


01. "Notas de leitura em revistas de bordo" está de volta depois de alguns anos. Não são releituras, são novas leituras. Sempre tem algo divertido e curioso para relatar. O que as pessoas leem no ar? Quem quiser ler as anteriores navegue nesse blog.
02. Que a vida é feita de escolhas, todos sabem. Mas todos podemos escolher as aventuras em motos, carros e lugares bonitos e caros, em boa companhia? Quero a receita, por favor!
03. Ser bem sucedido é ter riqueza financeira ou riqueza intelectual? Não é reflexão, é cópia mesmo de uma publicidade em revista de bordo. Qual sua resposta?
04. As vacas urbanas viajantes estão de volta. Agora em São Paulo. Vacas na cidade são arte. Na roça é mamífero leiteiro e futuro bife.
05. Hoje tem estreia de filme com Nelson Xavier (Comeback), que faleceu antes desta volta. Artistas também morrem, como meu amigo Chico (Francisco Magalhães), baita artista plástico de Beozonte, falecido precocemente.
06. Pode haver conforto no caos urbano mesmo sabendo que a natureza é mais forte que a arquitetura, diz Kengo Kuma.
07. Na terra do sertanejo tem Bananada. Ainda bem, mano Zé.
08. Laertem-se moçada. Agora tem trans no vôlei feminino do Brasil e do Mundo. Homofóbicos de plantão, roam as unhas com essa. A vida também se transfigura, moçada.
09. Sempre que me deparo com fotos sobre esse lugar amazonense, reafirmo: ainda viajo pelo Rio Negro.
10. Muito bom saber que já estive neste lugar onde foi tirada uma bela foto da revista. E as minhas fotos ficaram tão boas quanto essa. No caso, Perito Moreno, em El Calafate, na Patagônia Argentina.

11. Inhotim é ali, um beicim de pertim. Onde caminho devagarim, cheirano capim e ispiano os bichim. E ainda tem uns quadrim bunitim. E voo quinem passarim. Trem bão assim só tomano um cachacim nos copim lagoim. (Nota do tradutor - beicim é medida de mineiro para distâncias curtas, ou seja, poucas léguas adiante).

quarta-feira, maio 03, 2017

“A JUBA É MINHA, PENTEIO SE QUISER!”


Penteies não.
Deixa que o vento despenteia,
desorganiza e reorganiza a bons ventos.
Deixa que o balanço do seu caminhar permita
o rebolado natural de seus cachos.
Colora-os da cor que teus sonhos imaginarem.
Imagina que eles sejam as cobras da medusa,
que tenham vida própria
e sonhem em voar como pássaros noturnos.
Cobras nem tem asas, teus cabelos tem.
E voam quando querem se deslocar pelos ares da alegria,
pelos corredores da felicidade,
pelas nascentes do quilombo,
sob as mangueiras e os jatobás.
E se eles insistirem em se alinhar com as vontades alheias,
despenteia-los com as mãos,
até que te desobedeçam no desalinho.