“O correr da vida embrulha tudo”.
Coragem. É o que Deus quer da
gente?
Ficar alegre no meio da tristeza?
E sentir a dor dos sentidores?
Ah, esta vida desgarrada
No meio do bravo sertão,
Onde vou escrevendo em cores,
Meu coração em estado de moleza
E sons amotinados na doce canção.
Enquanto isso a morte, sem
sutileza,
Se esvai nas raras fumaças dançáveis.
Acima das fogueiras do sertão.
E as moças morenas, em passeata,
Com cabelos pretos rebrilhados
Por óleo de umbuzeiro
E flores enfeitando espíritos
Vão bordeando a mata
Molhando os pés em suas veredas
E a cachaça vai tomando gosto
A cachaça vai tomando cor
Nas dornas de umburana dos alambiques.
Será servida nos acompanhamentos
E pelo sertanejo conduzida
Como pagamento de sua passagem
Na fronteira de outra vida.
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