quarta-feira, novembro 07, 2007

RELEITURAS ROSEANAS 06



O ignorado e o sabido se perturbam
mais que matéria e antimatéria
mais que o perdido e o achado
em meio à massa
no estádio de futebol de domingo.

O desconhecido e o verificado se estranham
mais que nuvem negra
no começo da teimosia da chuva
em querer vir não vem
deixando os ares desconcertados
em raivosos trovões.

Caminhos e descaminhos se desconfortam
nas entrelinhas da viagem
tanto quanto belezura e feiúra
também alegrias e tristezas
na desmesura das janelas
descortinando horizontes.

Mas coração de pai se enaltece
com ligeiras formosuras
e sabedorias evoluentes
de filhos e filhas se esparramando
na gastura das horas rubricadas.

Viver é querer apagar,
com o vento,
a luz elétrica da varanda
como se lamparina fosse.

terça-feira, novembro 06, 2007

ARES E MÚSICAS


Algumas músicas necessitam vento

para serem ouvidas.

As notas se orquestram bem


com o zumbido de ar


nas frestas das janelas.



Mas se a tempestade vem


melhor desligar o som.


Tempestades exigem silêncios


para serem melhor contemplados.