segunda-feira, abril 20, 2009

RELEITURAS ROSEANAS 08



Ausente, acontecia
de olhar estrelas cintilantes.
Obreiro, acendia
fogueiras no aconchego da noite.
Brilhos de estrelas caíam
lumiares de fogueiras subiam
o anoitecido virava um brilho só
nas artes do moço das fogueiras.
Nem dia de São João era
nem tanto quanto inverno!
Noite comum de outras tantas
céu de estrelas nem lua cheia tinha.

Branco, gente do mato não parecia
cor de terra osmose com a pele pega
e mistura tudo, gentes e bichos
pardos nas multicores das matas.
Sem nada dizer
construía castelos de fogo
e nos dava alegrias muitas
dessas incabidas no peito
derramando-se sobre o chão alumiado.

Tal moço, um dia, virou nuvem
e num vento fresco de uma tarde
nem notícia deixou,
só lembranças
e uma fogueira que nunca se apagou
no interior de minha existência.