Poesias urbanas, do cotidiano, da natureza das coisas, são temas do poeta. Seu universo poético varre, principalmente, os poemas curtos, incluindo haicais e aldravias, além de outros, sínteses de variadas inspirações filosóficas e mundanas.
sábado, agosto 05, 2017
NOTAS DE LEITURA EM REVISTA DE BORDO 25
1. Transformação se tornou uma espécie de mote para o futuro. Palavra em moda. Mas é bom saber que transformação significa adeus ao ponto de partida. Sem retorno. Transformar-se é tornar-se outra coisa, outra pessoa, viver em outro mundo, com outras possibilidades. Outras escolhas. Viver é isso: transformar-se continuamente, já que o passado não volta.
2. Outra palavra da moda é empoderar-se. A aprendi uns vinte anos atrás, ainda em inglês (empowerment) e a usei em um trabalho de tese. Empoderar-se significa assumir o poder sobre si mesmo, sobre sua própria vida. Empoderar-se para se transformar. Melhor ainda. Empoderar-se é se transformar.
3. O Brasil é vice-campeão mundial em implantes dentários e caminha para a liderança. A campanha publicitária do fabricante consiste em “trazer de volta o sorriso para quem precisa”. Oba! Basta trocar os dentes para ser feliz! Ou, se você é feliz e gosta de sorrir, sorria mais bonito!
4. Diversidade: mais uma palavra da atualidade. Somos diversos, somos únicos, muitos querem ser igual (a qualquer coisa outra – impossível). Assumir sua identidade diversa é empoderar-se. Para transforma-se. Ufa!
5. Identidade, por favor. Não basta olhar na minha cara para saber quem eu sou. Preciso apresentar um cartão plastificado com um número e um retrato. Então o cara olha minha cara e compara com a cara da carteira de identidade. E verifica se o nome do cartão é o mesmo escrito no bilhete apresentado. Sim, sou eu. Agora tenho certeza de que estou no lugar certo.
6. A Mãe Terra acredita que, para fazer diferente, é preciso paixão. Está escrito no pacote de biscoitos. Frases motivacionais por todo lado.
7. Trilhas com pedaladas organizadas já são realidade no Brasil.
8. Aproveitar a viagem é comer bem em muitos lugares diferentes. Um bom sabor a gente não esquece!
9. Meu cachorro deve estar com problema de identidade. Batizado de Tardeli e de Zeluiz, simultaneamente, acabou sendo Zeluiz Tardeli. Nome e sobrenome. Hoje, posa para livros como Zorro, o cachorro.
10. Por falar em sabor, essa semana fiz um prato sempre igual, de forma diferente. A geladeira oferecia poucas iguarias, coxa e contra-coxa de frango, uma berinjela. E arroz. O frango foi temperado com ervas, por Ella, assado ao forno, com tiras de berinjela jogadas em cima. E o arroz? Usei manteiga de garrafa, cebolas, temperei com açafrão, pimenta do reino negra, manjericão e palmito. Diferente, colorido e delicioso.
11. “Quando o mar fica tenebroso e ninguém quer ir à praia é hora de surfar confortavelmente” – Rico de Souza, mestre surfista de sessenta e cinco anos.
12. Buscar e mostrar a verdade é uma metáfora da improbabilidade do jornalismo brasileiro. Verdade de quem, cara pálida?
13. A verdade, se existe, está nas ruas. E as ruas estão vazias! Onde estamos? Para onde vamos? Qual o caminho?
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