quinta-feira, junho 24, 2010

FUTEBOL É POESIA

Por décimos de segundo a bola se esconde.
Vigiada de todos os lados:
32 olhos eletrônicos a observam
mapeiam
redesenham sua trajetória
fiscalizam suas puras curvas
conceituam seus humores
assertivam suas negativas
postulam suas imposturáveis regras.

Mas a bola, vingando-se de seus criadores
dos laboratórios das genéticas tecnológicas
dos materias insofismáveis,
deixou cegos e atônitos
milhões de espectadores.
Onde esteve nesse imensurável décimo de segundo?
Na linha do gol
ou em suas entrelinhas?

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