terça-feira, maio 31, 2011

CURTA 79



Última porta do atual inferno fecha-se.
Bons e maus momentos
no calor das inquietações
e demoníacas intrigas
em corredores multicoloridos.

domingo, maio 22, 2011

CURTA 78

Ruas de mão única
Impedem-me de voltar.
Revir, rever, reviver,
Melhor nos boulevards
Das reminiscências indeterminadas.

CURTA 77

O tempo passa quando o vidro escurece.
Antes e depois um vai-vem
De pessoas andarilhas
Às quais tenho, por obrigação
Nutrir suas inconsistências.

CURTA 76

Sou produtor de artefatos imaginários
religados em alguma poesia
(atenção à poesia, cara pálida.
afinal, sou índio urbano).
Meus artefatos surgem nos equinócios
duram até os solstícios.

sexta-feira, maio 13, 2011

CURTA 75

Amor não tem medidas,
no entanto sempre me pergunto:
quanto Ella ainda me ama?
Vinte centímetros de largo
ou dois copos d'água de fundo?

sexta-feira, maio 06, 2011

CURTA 74

Doo-te meu sangue. Beba-o.
Inocule-o em tuas veias.
Use-o para eternizar teu sorriso.
Leve um pouco de minha fúria de vida
do mesmo modo que me puseste no colo
nos meus tropeços de menino.

terça-feira, maio 03, 2011

CURTA 73

Nasci aos trinta anos.
Uma mulher postula: - Venha.
Antes? eu me enrolava
em arames farpados.
Cresci aos trinta e cinco anos.
Morena de topete propõe:
- Ame. Descortinaram-se horizontes.