terça-feira, junho 14, 2011

CURTA 84

Não se doam maturidades:
estas se adquirem no campo de lutas
na descida aos infernos cotidianos.
Maturidades, não triunfos maquiavélicos.
Doses plausíveis de sarcasmos
e maneirismos de linguagens ajudam.


(para Ju Ribeiro)

terça-feira, junho 07, 2011

CURTA 83

Perdas e danos, Bob Dylan,
são folhas levadas pelo vento.
Como poeiras, umedecem olhos,
enfileiram tristezas abandonadas,
desalinham cabeleiras.
Guardo minha pose, sigo em frente.


(para Erika Zimmermann)

domingo, junho 05, 2011

CURTA 82

"Conhecer as manhas e as manhãs":
seis décadas para aprender 
coisas simples triviais.
Aprender, às vezes,
dói mais que dente nascendo.


(para Fernanda Villani)

terça-feira, maio 31, 2011

CURTA 81



Dominados os demônios
inferno nem tão quente parece:
cambaxirras cantam sol da manhã
flores de bulbos alinham jardins.
Pássaros e plantas, símbolos de possibilidades
nas batalhas infernais.

CURTA 80

Depois da última tempestade
certo vazio de mim se apropria
quando escrever não comporta simpatia
apenas preguiça um pouco tardia.

CURTA 79



Última porta do atual inferno fecha-se.
Bons e maus momentos
no calor das inquietações
e demoníacas intrigas
em corredores multicoloridos.

domingo, maio 22, 2011

CURTA 78

Ruas de mão única
Impedem-me de voltar.
Revir, rever, reviver,
Melhor nos boulevards
Das reminiscências indeterminadas.