sexta-feira, junho 30, 2006

Fim de Junho


Junho negro de minha vida

invernoso e calamitoso
E de poucas efusões.
Trinta dias somente
Felizmente.
Que venham as folgas de julho
que venham os ventos secos de agosto.

Agora coleciono objetos inúteis:
latas de cerveja
receitas de carnes em putrefação
livros velhos para não perder o hábito
e chapéus de feltro.


2 comentários:

Anônimo disse...

meu canto nesta noite silenciosa nos envolve

silenciosa como você

(silenciosa noite surda)



ah, meu lugar inabitável

cheio de dores e palavras de lamentos

escritas com ponteiros de ferro



meu corpo é um templo

com janelas e portas travadas

_Entrai pelas portas!

diz o som da minha alma



Canto pra mim,

canto para alguém,

mas, a minha voz morre em névoas

(num lugar inabitável, templo de portas travadas, nesta noite sileciosa e surda

um canto triste escrito com ponteiros de ferro)

Paulo Cezar S. Ventura disse...

Uau, Débora!