Junho negro de minha vida
invernoso e calamitoso
E de poucas efusões.
Trinta dias somente
Felizmente.
Que venham as folgas de julho
que venham os ventos secos de agosto.
Agora coleciono objetos inúteis:
latas de cerveja
receitas de carnes em putrefação
livros velhos para não perder o hábito
e chapéus de feltro.
2 comentários:
meu canto nesta noite silenciosa nos envolve
silenciosa como você
(silenciosa noite surda)
ah, meu lugar inabitável
cheio de dores e palavras de lamentos
escritas com ponteiros de ferro
meu corpo é um templo
com janelas e portas travadas
_Entrai pelas portas!
diz o som da minha alma
Canto pra mim,
canto para alguém,
mas, a minha voz morre em névoas
(num lugar inabitável, templo de portas travadas, nesta noite sileciosa e surda
um canto triste escrito com ponteiros de ferro)
Uau, Débora!
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