Poesias urbanas, do cotidiano, da natureza das coisas, são temas do poeta. Seu universo poético varre, principalmente, os poemas curtos, incluindo haicais e aldravias, além de outros, sínteses de variadas inspirações filosóficas e mundanas.
quarta-feira, julho 05, 2006
Mirando silêncios
Gosto de olhar o silêncio -
melhor das reinvenções
dos tempos pós-modernos
Tempos de ruídos nas ruas
excesso de vozes em ALTO falantes
Sobram palavras nas bocas humanas
bocas que falam pelos coltovelos.
Músicas sobrando nas rádios
Motores a combustão grunindo nos asfaltos.
Reiventemos o silêncio
Aquele silêncio de pássaros cantando
de água rolando nos rios
de rios sossobrando nos mares.
Pessoas no máximo conversando baixinho
tecendo ruídos apenas de passos
e de corações batendo.
Reinventemos, pois, o silêncio
Até que meus olhos possam vê-lo
e interpretá-lo visualmente.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
De onde vem tanta inspiração?
Em parte, de meus (minhas) interlocutoras, poetas de pena cheia.
Você está cada dia mais tinto ;-)
Beba-me.
"(...) muito barulho por nada, nda no futuro.
vamos falar mais baixo,
vamos parar pra escutar
uma barriga roncando,
uma mamãe chorando
o bumbo do tambor
um abacateiro em flor
vamos ouvir a noite cair
e os sol ajudá-la a se levantar!(...)"
trechinho de uma música, dos tempos pós-modernos, que não toca - por isso não sobra - nas rádios. Música que adoro, assim como adorei "Mirando silêncios".
As suas poesias fazem um barulho danado no coração e na cabeça da gente, sô!
Postar um comentário