Certo dia, beirando cinqüenta,
Encontrou-me antigo colega
Adentrando-me na paisagem urbana
Meio à preguiça de plantar-me no parque
Desencorajado de cheirar imobilidades
E ler a língua de sinais dos pássaros mudos.
Você não envelhece, meu caro,
– disse-me –
também pudera: sempre foi irresponsável!
Claro – respondi –
Assumi a irresponsabilidade de meus atos
Antes mesmo de responder absurdos
E demolir conjecturas.
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