domingo, outubro 28, 2018

DRAGÃO DA MALDADE

O Dragão da maldade
Me invade.
Não me chame de coitado
Pois não vou ficar calado
Vou falar em verso
Vou xingar em letra viva
Até minha palavra o ferir
E minha rima vai servir
Para meter o fogo na fervura
E minha voz, na função candura,
Não vai gritar o rancor
Vai apenas falar de amor.
Mas o amor pode exigir
Que exponha toda nossa dor
No cálice da levedura
Em fermentação, em cor.
Cor que agora é preta.
Mas minha alma é colorida.
Haverá sempre um outro dia
Para cantar nossa poesia.
Dragão, você não me cala,
Seu ódio apenas me embala.

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