Poesias urbanas, do cotidiano, da natureza das coisas, são temas do poeta. Seu universo poético varre, principalmente, os poemas curtos, incluindo haicais e aldravias, além de outros, sínteses de variadas inspirações filosóficas e mundanas.
quarta-feira, agosto 15, 2007
ESPELHO, ESPELHO MEU
Espelho, espelho meu,
Não me olhes com esta cara
Fico com medo de ti.
Hoje amanheci azedo
Frustrado pelas desditas do Ontem
Ansioso pelos encargos do Hoje
Por favor, dê-me um sorriso!
Olhe-me com carinho
Enquanto faço a barba
E penteio meus já ralos e grisalhos cabelos
Senão parto-te em mil pedaços!
Arrisco-me a sete anos de azar
- é a maldição dos espelhos –
e uma mão cortada pelos teus cacos.
Teus cacos, não se juntam mais.
Estás condenado, espelho meu,
A mirar-me com alegria
Para o bem de nós dois.
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