quinta-feira, setembro 14, 2017

RELEITURAS ROSEANAS 22



Canoas cabotando em desordens
Despropósitos de navegações
Canoeiros em roupagem de pompas.
Chuvas de águas passadas
Desaguam em rios em trombas
Provocam atrocidades descabidas
No horizonte das cheias desalinhadas

Só me convenço quando me calo
Se não o sei, aí que falo
Sem a mordaça dos conhecimentos
Na morte do inimigo nem me alegro,
Nem levanto meu chapéu negro.

Canoas carregam humanos e outros
De todas as esperanças amanhecidas
De todas as rupturas esclarecidas
De todas as crenças compadecidas.

Promove remador a Almirante
Desde que reme num rompante
De precisão e raiva emudecida
E leve sua coragem engrandecida.

Mas rio não dá paz a canoeiro
O lava e o leva, num nevoeiro,
A triste final, o derradeiro.

Nenhum comentário: