quinta-feira, setembro 28, 2017

RELEITURAS ROSEANAS 24


Ela está a frigir bolinhos,
Ele os come entre infinilhões de sorrisos.
Parecem girar, em eixos próprios,
Atados em cordões imaginários
Colocados em órbita na roda da vida,
Com corações em queda de cachoeira.

O medo, no entanto, se gasta
Nas garras do incompreensível
Nas alertantes cheias do rio.
E o coração discorda
A cada sete batidas
Taquicardiando nas fatalidades
De todas as incertitudes.

Todavia, as cordas se reatam
Entre cheia e vazante do rio.
No barulho do frigir dos bolinhos
Corações se amornam e se aquietam
Cachoeiras se apaziguam ao anoitecer
Corpos se amolecem no luzidio do quarto
Relaxam no pertencimento do outro.

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