Poesias urbanas, do cotidiano, da natureza das coisas, são temas do poeta. Seu universo poético varre, principalmente, os poemas curtos, incluindo haicais e aldravias, além de outros, sínteses de variadas inspirações filosóficas e mundanas.
sexta-feira, setembro 22, 2006
Linha torta
Eu sou a linha torta
perdida nos planos inclinados
rabiscada por mãos incrédulas
invejosas de retas
e pontos de exclamação!
O que eu prometo
de vez em quando eu cumpro.
O que eu solfejo
de vez em quando vira música
de tocar nos bailes.
Tenho fome de mim
e de tudo que se prenuncia
para depois do fim
dos recitais das cortes
do rei sol primeiro
grande astro de luz
Encomendo sorrisos de sorrideiras
para o dia de meu nascimento.
Quero récitos e alegorias
de carnaval.
Que tudo recomece
principalmente as ilusões.
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3 comentários:
Sou ponto em meio às reticências
Sou ponto só
E, só, quero ser e estar
Não vou insinuar promessas
Explicar o que não interessa
Nem colorir as telas de Seurat
Tenho sede do fim
E de tudo o que venha após mim
Condeno ladainhas ao precipício
Meu medo é o mesmo
Minha fé é a morte
Meu desejo, o início.
sou linha sinuosa
curvas de um arquiteto
a inclinação da montanha
e ondas de raios no ar
não faço tipo
faço hora
e deixo o não dito
pelo poema
sou linha sinuosa
curvas de um arquiteto
a inclinação da montanha
e ondas de raios no ar
não faço tipo
faço hora
e deixo o não dito
pelo poema
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